segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Anos 20

Anos 20

1920
“Os Anos Loucos”
O pós-guerra inaugura um novo estilo de vida, onde todos devem aproveitar ao máximo o instante presente. As carruagens com seus equipamentos dão lugar aos automóveis. O consumismo e os gastos em grandes festas ao som de jazz, charleston e regado ao melhor champangne, são desenfreados, e todos para viverem plenamente têm a necessidade de se sentirem livres.

Foi a era das inovações tecnológicas, da eletricidade, da modernização das fábricas, do rádio e do início do cinema falado, que criaram, principalmente nos Estados Unidos, um clima de prosperidade sem precendentes, constituindo um dos pilares do chamado "american way of life" (o estilo de vida americano). Depois de 81 anos de luta, as mulheres dos Estados Unidos conquistam o direito ao voto.



Acontece em Berlim, na Alemanha, a primeira exposição da arte dadaísta, a arte que nega a arte. Surge em Paris o Manifesto Dadaísta, cujo expoente é Marcel Duchamp e seu urinol intitulado “Fonte (1916)”. A arte estava em processo de ebulição e o intuito deste movimento era chocar.



1921


A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também frequentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria Swanson, Greta Garbo e Mary Pickford.
























A jovem mulher moderna troca o corpete por um visual mais audacioso. O tamanho das roupas íntimas diminui, mas sua importância aumenta. As mulheres que trabalham fora já gastam metade do salário em lingeries.
Nessa época, os Estados Unidos já possui oito milhões de mulheres trabalhando fora de casa.











É lançado o perfume "Chanel nº 5", ainda hoje um dos mais vendidos no mundo e o primeiro que se afirma claramente como uma fragrância artificial. Dentro de um frasco art déco - que foi incorporado à coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York em 1959.

























1922
Brasil - Semana de Arte Moderna, realizada por intelectuais, como Mário de Andrade e Tarsila do Amaral, levou ao Teatro Municipal de São Paulo artistas plásticos, arquitetos, escritores, compositores e intérpretes para mostrar seus trabalhos, os quais foram recebidos, ao mesmo tempo, debaixo de palmas e vaias. A Semana de Arte Moderna foi o grande acontecimento cultural do período, que lançou as bases para a busca de uma forma de expressão tipicamente brasileira, que começou a surgir nos anos 30.



1923

Em 15 de agosto, artistas da Bauhaus expõem em Weimar. Entre eles estão Walter Gropious, fundador da Bauhaus, em 1919, Paul Klee, Lyonel Feininger e Vassili Kandinski

Uma nova fase inicia na economia, na política e na cultura, está se formando então: “o mundo moderno”.

Figura característica desta época: a melindrosa, com seu ar alegre e travesso, ela era ousada e namoradeira. Muitas vezes imprudente em busca de diversão e emoções, ela reflete um novo tempo, emergindo da metrópole.























Depois de praticamente um século de vestidos colados ao corpo e espartilhos asfixiantes, as mulheres começam a afirmar seus direitos recém conquistados de se vestirem “como homens”. Embora, a silhueta andrógena, que dá adeus às curvas, exibe pernas longas e finas e deixe a mulher mais parecida com crianças, exija tanto esforço quanto antes. Novos métodos e “corpetes” surgem a fim de achatar o corpo, e muitas delas também aderem ao visual de magreza devido a regimes de fome.

















A maturidade se tornou fora de moda. Os heróis, agora, eram “filhos” e no caráter destes, havia algo de romântico, suscetível, impulsivo, ocasionalmente fraco e, muitas vezes, psicologicamente instável.


1925

Em 1925 houve em Paris a exposição que trazia elementos da Art Deco (ornamentação excessiva) junto a obras minimalistas. Logo, essas informações se mesclavam na moda, e linhas lisas, angulares e geométricas do modernismo começam a dominar as roupas e acessórios.



























No Teatro Champs-Elysées, em Paris, a cantora e dançarina Josephine Baker, provoca alvoroço em sua apresentação, com trajes ousados.

O desejo de liberdade é, sobretudo, vinculado pela elite intelectual e por artistas da época, que dão alicerces para a emancipação sexual e das mulheres e para as próprias revoluções artísticas. Tudo isso reflete de forma gigantesca na moda.













Em 14 de novembro, surrealistas mostram seus trabalhos em Paris, na primeira grande exposição do gênero inspirado na obra freudiana e no inconsciente onírico. Dentre esta série de acontecimentos, se destacam nomes como Max Ernst, Paul Klee, Miró, Kandisky, o já tão citado Picasso e Salvador Dali.



1926

O costureiro Jean Patou, famoso na época por desenvolver uma moda extremamente esportiva, sobretudo em trajes de banho, criou coleções inteiras para a estrela do tênis Suzanne Lenglen. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.














































































Outra novidade moderna foi o bronzeado. Anteriormente era ligado às classes baixas que trabalhavam ao sol. Um bronzeado implicava que a pessoa tinha tempo e dinheiro para ficar exposta ao sol ou praticando exercícios ao ar livre.



A pele bronzeada tornou-se moda graças à maior estilista deste período, Gabrielle Coco Chanel.


Chanel, cujo estilo corresponde perfeitamente a esta modernidade e às inspirações revolucionárias trouxe muitos artigos do vestuário masculino: blazers, camisas com abotoaduras, capotes e roupas de alfaiataria em tweed de lã grossa, além das calças, principalmente as do estilo pantalona.






























Em 1926 Chanel promoveu a cor preta, até então ligada exclusivamente aos homens e ao luto, esta poderia ser explorada puramente por sua elegância e capacidade de “cair bem”. Nasce o conhecido “pretinho básico”, com a publicação de uma ilustração na revista Vogue, comparou o vestido preto com o Ford Preto, que em breve seria largamente adotado.



































































1927

A mulher moderna pede liberdade de movimentos e a moda parisiense já mostra as novas roupas que reduzem os bustiês e estreitam os quadris. A simplicidade é a marca do estilo.






As saias sobem e as cinturas alargam. A silhueta era tubular, com vestidos mais curtos, decotados, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos, e para a prática de esportes (difundido com o tênis e o golfe).
As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas.





O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche” - touca grudada na cabeça em forma de sino, - enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne” - cabelo cortado reto na altura do queixo.








Os olhos eram bem marcados com maquiagem escura, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem, e a boca pequena cor carmim, pintada em forma de coração ou de arco de cupido.







A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos. Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um verdadeiro escândalo aos mais conservadores.





1928

O governo dos Estados Unidos enfrenta um grave problema de desemprego.
No mesmo ano, o dirigível alemão Graf Zeppelin é a primeira aeronave comercial a fazer a viagem de ida e de volta entre Europa e Estados Unidos



1929


Toda a euforia dos "felizes anos 20" acabou no dia 29 de outubro de 1929, quando a Bolsa de Valores de Nova York registrou a maior baixa de sua história. De um dia para o outro, os investidores perderam tudo, afetando toda a economia dos Estados Unidos, e, consequentemente, o resto do mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos como a Grande Depressão, marcados por falências, desemprego e desespero.

sábado, 24 de novembro de 2007

Fotos de Família - Datas Variadas

Algumas fotos que consegui com a minha vó!


1929.


Aprox. 1952.


1942.


Aprox. 1953.


1956.


1957.


Hahahaha. Década de 50


Essa não dá pra usar. É de 70!

Consegui algumas mais. Depois coloco! Beijos

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Anos 50 - Vogue UK

De 1959 a 1950





















Gurias, perdão, esquizofrenia total.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

anos 60

A década de 60 é um período de grandes mudanças. Numa sociedade vinda do crescimento econômico, aumento do consumo e já não mais empolgada com o ‘sonho americano’, se dão grandes revoluções.

Temos o surgimento da pílula anticoncepcional e com ela a revolução sexual e o feminismo, há também os movimentos civis (em favor de negros, homossexuais, minorias), protestos juvenis, e contestação dos valores anteriores.
No Brasil víamos a inauguração de Brasília, os avanços do Cinema Novo (contestando os valores Hollywoodianos e valorizando o autor) e a explosão da Jovem Guarda, que trazia consigo influencias diretas da revolução de costumes que se instalava no mundo todo.

Antes dos anos 60 não seguir a moda era sinônimo de pobreza, apenas as classes com menos condições econômicas não acompanhavam as tendências. Com a nova década e as novas idéias, não se render à moda passou a ser sinônimo de libertação, uma forma de mostrar-se diferente e rebelar-se contra a sociedade de consumo. Até então, os jovens e as pessoas mais velhas usavam roupas de mesmo estilo, não havia diferenciação muito significativa no vestuário, porém, nos anos 60 o guarda-roupa da juventude ganhou novas peças e um estilo próprio. Era o fim da moda única, e o começo de uma visão de roupas como expressão de idéias e diretamente ligadas ao comportamento.
A partir de 1965 as butiques independentes deslocam-se para a King’s Road e o bairro Chelsea, ambos em Londres. A moda deixa de ser privilégio das ‘maisons’ de Paris, onde o prêt- à –porter trazia consigo novos estilistas, e se expande tendo como novo grande pólo a Inglaterra, berço da ‘teenage culture’ e de bandas revolucionárias como os Beatles. A alta costura vai perdendo seu terreno para o estilo mais cotidiano, e os, antes costureiros, ganham então, o nome de ‘estilistas’.
Na década de 60 as mulheres passaram a se vestir com roupas antes consideradas masculinas, era o chamado ‘unissex’ que ganhava força e ressaltava a libertação feminina. Peças marcantes desse período foram os
smookings de Yves Saint Laurent e os jeans com camisetas sem gola.





Com Mary Quant surgiram as ‘minissaias’ que viraram o grande ‘xodó’ das mulheres. Yves Saint Laurent trazia seus tubinhos de inspiração neoplasticista com estampas de Mondrian e dava às mulheres modelos de japonas, capas de borracha e jaquetões.


Havia uma grande variedade de tecidos neste período, tanto nas estampas (que algumas vezes tinham influência da arte, como da Op art), quanto nas fibras que popularizavam os sintéticos. As lingeries também evoluíram para acompanhar o pouco comprimento das saias e facilitar o rock e o twist. Elas diminuíram de tamanho e acabaram por popularizar as calcinhas e meias calça.



As perucas entraram na moda e foram muito bem recebidas pelas mulheres, que aderiram aos mais diferentes penteados.

Maquiagem:

· Foco nos olhos;
· Batons claros;
· Estojos de
Mary Quant tornavam a maquiagem mais acessível e popular, continham: lápis, pincel, pó compacto e batom;
· Inspiração na modelo Twiggy;


Moda masculina:

· Influenciada pelos
Beatles;
· Paletós sem colarinho de Pierre Carin;
· Cabelos com franjão;
· Gola role;

Acessórios:

· Grandes óculos coloridos inspirados em Paco Rabane
· Relógios de pulso gigantescos com pulseiras larguíssimas


‘A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ela ama. Para os que não tiveram essa felicidade, eu estou aqui.’ (YSL)

‘Chanel libertou as mulheres e Saint Laurent lhes deu o poder.’ (Pierre Bergé)

‘Make love, not war!’